quinta-feira, março 31, 2005

Or maybe just happy

Dia estranho.
Perdi um comboio, por causa de um desejo urgente de comer batatas fritas. Nem acredito que estive 20 min no Mac por causa de batatas fritas.

Comi-as num banco da estação de comboios de Entrecampos. A fazer inveja aos que por lá passavam.
Bom dia Primavera, bom dia :)

segunda-feira, março 28, 2005

Je suis paisible...

"We'll float around
And hang out on clouds
Then we'll come down
And have a hangover..."



domingo, março 27, 2005

Como vai ser daqui em diante?

sexta-feira, março 25, 2005

É assustador.
Vivemos bombardeados por opiniões. Já repararam que a maioria das pessoas tem uma opinião acerca de tudo? Torna-se deveras complicado ser diferente. Pensar de maneira diferente. Não porque ser diferente é giro, mas porque ser igual mete medo.
Estou sozinha. Não por escolha, mas porque as circunstâncias assim o determinaram. E olho em redor para as pessoas que me estão próximas e penso se não serei igual.
Se não acabarei por desistir e ficar com alguém só para não estar sozinha.
O que não é mau. Nem invulgar. Mas é assustador.

Parlez-vous français?

O francês, apesar de ser uma língua amaricada, é uma língua que gosto bastante. Tenho pena de ter desaprendido tudo aquilo que sabia (e até cheguei a ter um bom nível de oralidade de francês e de escrita também), mas ao contrário do Inglês, praticado diariamente, acabei por esquecer o Francês.
Ultimamente tenho lido muito em frncês, em voz alta, porque me soa bem, gosto da minha língua a enrolar quando digo La prochaine sortie, ou Aujord'hui je vais à la plage e perdoem-me pelos erros ortográficos, mas já nada era como dantes.
Estou a ler o Principezinho (Le Petit Prince, digam em voz alta, digam) na versão original e apesar de não saber o significado de algumas palavras, soa-me muito poético na minha cabeça.
dessinez-moi un mouton...
mée.

quarta-feira, março 23, 2005

O Medo é de quem fica

Primeiramente, um obrigada ao vizinho Bom Rebelde pelo link que apontava para um artigo sobre o Al Berto, no Expresso. Graças a esse artigo, tive oportunidade de (re)ler mais dois.
Este, especialmente (que se não me engano tenho ali guardado algures numa gaveta), tocou-me hoje profundamente. Porque os escritores também são pessoas. Às vezes esqueço-me disso.
Não resisto a mostrar-vos um pouquinho do que li, mas aconselho a lerem o artigo na totalidade. E que corram à livraria/biblioteca mais próxima para descobrirem Al Berto. Quem sabe ele não se entranha em vós como se fixou em mim...

"Viveu perante os nossos olhos sem se arrepender: excedeu-se, arriscou, perdeu, contradisse-se, mas não voltou atrás para remendar. Tinha mais que fazer, adiante. Não se reservou, não se preservou, não se conteve, nunca. Deixou as elipses para os outros e, generosamente, atulhou os livros de pérolas e desperdícios, às mãos cheias, numa inesgotável capacidade de desfrute - lugares, corpos, substâncias, imagens - numa compulsiva necessidade de partilha - paixões, pulsões, descobertas, empatias.

Gostava de pessoas e as pessoas gostavam dele, gostava de dizer os próprios versos e ninguém os diria melhor, gostava de falar e falava longamente, precisava dos outros e os outros amavam-no também por isso. Cresceu até à morte diante dos olhos de todos e partiu. O medo é de quem fica."

Alexandra Lucas Coelho


terça-feira, março 22, 2005

Al Berto

Há muito tempo que não vou à FNAC.
Costumava lá ir parar bastantes vezes, quando ainda sentia a necessidade de passear pela Baixa e pelo Bairro (de dia o Bairro é totalmente diferente, pelo menos eu acho) sem gastar dinheiro ;)
Na Fnac podemos sentar-nos a ler os livros. É claro que seria incapaz de ler um romance inteiro, mas na Fnac há o Medo. O Medo é a obra completa editada de Al Berto. É um livro gigantesco, majestoso, de consulta. E como já disse várias vezes, eu leio Al Berto aleatoriamente, abrindo uma página ao calhas. Tenho saudades do Medo e da FNAC...
E agora também se pode ouvir Al Berto. Eu tenho poemas declamados por ele, escritos por ele, que oiço agora. Intervalo com Wordsong, um projecto musical, com poemas de Al Berto cantados de maneira surrealista (será que estou a usar bem a palavra?).
Há muitas coisas boas no mundo. Há um grande prazer em se estar vivo e sentir as coisas. Cheirar as coisas, ouvir as coisas. Estar alerta. Ou apenas adormecido. Não há mal nenhum nisso.
Al Berto provoca-me tantas, tantas emoções... Seja ouvido, lido, cantado, em sonhos.
(E não o comparem ao Peixoto, por favor... ! Faltam-lhe anos luz..)

«à mordre les mots à tordre les mots à jouir les mots
à cuire les mots voyage les mots des noms des noms des noms
Kalou on ice=sali=Henriette ROCK=À.Petits-Pieds=Peter Schlagger
l 'astronaute halluciné léxil et l'aprés exil l'écriture
l'astromaute HALLUCINÉ l'éxil et láprès exil l'écriture
qui parle DU CORPS
les mots les mots fruits LES MOTS jus
les mots les textes
le même text les mots jus les mots jus les fruits de mer
les fruits de mer un ESPACE suicidaire
une véranda la gare la ville le port la peau la
PEAU de lui
les mots les mots fruits les mots
jus les mots
à mordre les mots
à MORDRE les mots
l'astronaute halluciné (de)
léxil, et l'après exil
les mots les mots fruits les mots jus les
mots
les mots les mots fruits
les mots jus les
mots

les mots les mots fruits
les mots jus les mots

les mots fruits les mots fruits les mots jus les mots»


Música: Wordsong
Poema de Al Berto : "Le plus grande calligraphe"

I'm just FINE.

Ora, ora. Ele há daqueles dias em que tudo começa mal, mas acaba bem.
Ontem a minha consciência ganhou peso. Engordou uns quilinhos e pesou-me bastante... É que não me tenho portado muito bem, a nível de escola, estágio e isso. Mas ter uma consciência que nos ataca quando obesa se torna é uma vantagem. Impede-nos de nos tornarmos apáticos e desleixados até um determinado limite.
Hoje acordei à hora do costume (1oh10), mas desta vez vesti-me e arrumei as coisas para ir para a FCUL. Fiz o plano de emergência, suspirei profundamente e fui ver o que realmente tinha perdido com a perda do meu bloco de notas (onde registo todo o trabalho de laboratório) e o pânico instalou-se... Perdi mais do que esperava. Mas não há males que vêm por bem? SIM!
Fui rabugenta para o autocarro, triste, desanimada e pensei que hoje ficaria no laboratório até às 8h da noite para compensar o trabalho perdido... E não é que às 18h15 já estava despachada? Consegui recuperar o tempo perdido e nem sei como. Ajudou o facto da Primavera estar lá fora :)
E por falar em Primavera, um coleguinha meu perguntou hoje pelo mail habitual (quem os recebe sabe do que falo), que este ano não enviei... por tristeza, por cansaço, por preguiça... Go and see your e-mail box because I'M BACK :)

segunda-feira, março 21, 2005

Primavera!

Venho tarde, uma vez que oficialmente a Primavera começou ontem... Mas como ela se escondeu um pouco para dar espaço à abençoada chuva, até me esqueci dela :)
Mas fica aqui o registo habitual e, como sempre, desejo-vos uma óptima, feliz, ensolarada e cheia de ovos, PRIMAVERA!!!!


sexta-feira, março 18, 2005

A8

Há quase 6 anos que vou e venho (quase?) todos os dias para Lisboa, no Expresso. 40 minutos (quando o trânsito o permite) pela A8. Já sei o Kilómetro em que passamos do Cretácico para o Miocénico (a instalação do Complexo Vulcânico de Lisboa assim o permitiu), conheço bem aquelas bancadas de arenitos, depois os calcários, depois os basaltos. Já vi todos os taludes de escavação, reparei em todas as possíveis falhas. Até os billboards à entrada de Lisboa (que persistem meses e meses a fio..) eu já conheço muito bem.
Depois há o massacre do autocarro das 6h50 que, felizmente, faz muitas luas que não apanho. A mescla de perfumes, cada um pior que o outro, que as pessoas insistem em usar exageradamente ( talvez porque pensem que assim cheiram "bem" o dia todo), o silêncio respeitador de toda a gente que faz aquilo todos os dias e quer dormir..
Pessoas que estudam no autocarro. Pessoas que comem laranjas. Pessoas que conversam, pessoas que riem, pessoas que se limitam a olhar pela janela, para um caminho que conhecem de cor.
É por tudo isto que não gosto das pessoas que compram bilhete.
São estranhos.

quinta-feira, março 17, 2005

Excuse me sir, could you give me some directions?

Este ano a Primavera chega no Domingo.
Confesso que receei por momentos que ela se atrasasse este ano, em parte devido a este último caos climático, onde não chove no Inverno e faz frio, frio de rachar. (Já vos disse que odeio o frio?)
Estou a planear dedicar a minha tarde aos passeios do costume, pelas retrosarias e lojas dos chineses (ainda à procura de ganchos). O prazer de caminhar... com passos largos, rápidos, apressados, só pela alegria de poder estar em todo o lado, até que as pernas me doam de tal forma que tenho que me sentar na Havaneza a beber uma garrafa de água (fresca, sem gás, se faz favor) e um pão de leite simples (sim, simples, sem manteiga, sem queijo, sem fiambre e para comer já).
O sol age como terapia para muita gente, pelo menos para mim. Se estou triste, fujo do sol, porque há uma ideia romântica de se estar deprimido, como se a alma precisasse disso também.
Como o clima do equinócio que se aproxima, também eu estou inconstante, com períodos de céu limpo e nublado. Ora chuvisca, ora o sol queima.
Parece que me falta qualquer coisa.

segunda-feira, março 14, 2005

Huuuuuuuuummmmmm...!

Hoje já cheirava a Primavera no Campo Grande. E na 6a feira também o sol queimava como se ela estivesse mesmo, mesmo à espreita (e está!!).

Dia cansativo... Nunca cheguei a perceber porque NÃO APRENDO com os erros. Já estou farta de saber que quando acho que vou fazer um trabalho de laboratório que demora "isto daqui a 2 dias está despachado", os dois dias transformam-se em 2 semanas...
Estou mesmo atrasada com o laboratório, o que não é grave, mas frustrante. Os calos não mão já começam a ganhar forma e não gosto do que estou a fazer agora.
Mas é a vida.

Ontem comentava com uma amiga minha que ando um pouco azeda. Sem paciência para as pessoas e para certas coisas. Ando áspera.. Mas isso não é propriamente mau.. A amiga respondeu-me que estamos a crescer. A ficar velhas. E eu concordo. A saturação vem com o tempo e depois já não há mesmo paciência para certas coisas.
E eu não estou aqui para agradar ninguém :)

domingo, março 13, 2005

Já agora...

Acabo de ler na Tasca da Cultura:
"É esta a imagem que fazem da grande literatura. Se é um bom escritor é difícil de ler. Por isso vejo-os no Metro agarrados ao Código DaVinci. Não que o livro seja mau, não o li e as indicações que tenho é que o livro «cumpre». Mas as pessoas lêem-no porque não têm medo dele. As pessoas não são estúpidas ao contrário do que nos quer fazer esse meio de senhores feudais da escrita. Aliás a verdade acaba sempre por vir ao de cima, a longo prazo. "
Eu tenho medo do Código Da Vinci...
AAAAAAAHhhhhhhhhhh...........
Évora passou.
Este ano aconteceu algo estranho. Em toque de despedida. O Catarino acabou o curso.. O Amaral está entre o Mestrado e a pós-graduação. O Bruno comprou uma vivenda, o João, a Anita, a Susana, o Manel e o Pedro estão quase a acabar.
O que vai ser de nós?
Vim o caminho todo de volta a olhar para a fotografia que tenho na minha carteira há 5 anos, da primeira Pangeia, que passamos no parque de campismo.
Tinha 18 anos.
O que sabia eu na altura? Nada.. e tanta coisa mudou... Sou uma piegas com os locais, mas juro-vos que aquela cidade ficou com uma parte de mim.
E sim, abracei-os como se fosse a última vez, porque provavelmente terá sido..

quinta-feira, março 10, 2005

Pangeia 2005

Sabe sempre bem sair daqui.
E Évora tem o seu toque de reconciliação comigo mesma. Agarro-me aos lugares. E Évora cresceu em mim.
Gosto de acordar pelas 11h, tomar banho, ir beber café à BP (que fica pelo caminho, a casa onde fico é longe do centro) e procurar um sítio para almoçar. Uma tasquinha, seja o que for, no Alentejo come-se bem em todo o lado.
Há uma esplanada, junto ao templo de Diana onde bebo café, depois de almoço. O sol de Évora queima de maneira diferente. E saio sempre de lá calma, reconciliada e com vontade de voltar para o ano.
Amanhã à noite espero já estar sentada no Manel dos Potes a beber abafadinho, a rir com os amigos alternativos e a abraça-los como se fosse a ultima vez.

terça-feira, março 08, 2005

101 coisas sobre mim

Inspirada no nosso amigo Joãozinho, essa criaturinha estranha da FCUL... aqui vai. A grande verdade absoluta sobre ana carina, outra criaturinha estranha ;)
PREPARAI-VOS!

101 COISAS SOBRE MOI


1. Sou quase geóloga e tenho um fetiche com argilas. Adoro-as.
2. O meu emprego de sonho era trabalhar no Museu de Orsay.
3. O meu emprego mais realista seria na Lusoceram, no departamenteo de Geologia, rodeada de cerâmica.
4. Tenho medo que a minha mãe morra, estou sempre a pensar nisso.
5. Não tenho falta de auto-estima, simplesmente sei que não sou nada de especial.
6. Não consigo ficar mais de 5 dias chateada com alguém.
7. Nunca me esqueço de uma coisa boa que fizeram por mim. Mesmo que seja uma merdice qualquer.
8. Contam-se pelos dedos de uma mão as pessoas que detesto verdadeiramente.
9. Confio demais nas pessoas e acabo sempre por me desiludir.
10. Não consigo usar cábulas, é uma doença.
11. Os meus amigos são muito importantes para mim e magoa-me quando não me dão a importância que gostaria.
12. Gosto de ser o centro das atenções, mas só às vezes.
13. A minha estação do ano preferida é a Primavera.
14. Gostava de me casar um dia, na sé de Évora, vestida de verde e ter o copo de água numa tasca lá que se chama Manel dos Potes.
15. A pessoa que mais amo no mundo é a minha mãe.
16. Tenho uma necessidade extrema de estar apaixonada, o que complica as minhas relações com pessoas.
17. Não gosto de fazer juízos relativamente a outras pessoas, porque também eu tenho telhados de vidro.
18. Aborrecem-me as pessoas que não têm nada de simpático a dizer de ninguém.
19. Penso muitas vezes no meu primeiro namorado e no que teria acontecido se.
20. Tenho muitas recordações boas da minha infância.
21. Transtorna-me que as pessoas não gostem de mim sem terem uma razão.
22. Tenho a noção que falo pelos cotovelos e que não consigo guardar segredos.
23. Não sou ciumenta nem vingativa.
24. Ok, sou ciumenta e vingativa.
25. Não acredito em astrologia, mas estou constantemente a ler horóscopos e a perguntar os signos das pessoas.
26. E acho que o sobrenatural reside numa sensibilidade extrema que certas pessoas possuem.
27. Há 3 coisas que sei desde que me lembro de mim. Que a minha irmã ia ter uma filha, que eu vou ter um fiho e que vou morrer cedo.
28. Tenho uma sobrinha de 4 anos que se chama Beatriz.
29. Adoro o meu nariz e fui estraga-lo com um piercing.
30. Mas adoro o meu piercing.
31. Tenho fobia a agulhas e a sangue.
32. Não bebo o fundo dos copos, da sopa, nem das garrafas de cerveja.
33. Acordo muito rabugenta, principalmente se me forem acordar.
34. Não gosto de acordar cedo e deito-me sempre muito tarde.
35. Só gosto de estudar de madrugada, e não suporto o silêncio quando o faço.
36. Gostava de ter tirado o curso de História de Arte, mas agora já não penso muito nisso.
37. Dançar, conversar, rir e passear são das coisas que mais gosto de fazer.
38. E beber copos, pronto.
39. Falo sozinha, discuto sozinha, e não acho isso estranho.
40. Há pouca coisa que me possam dizer que eu não vá responder: "Isso é normal". Acho tudo normal.
41. Só não acho normal pessoas que ligam demasiado às aparências, que fingem ser algo que não são e que ainda criticam os outros.
42. O cão que mais gostei chamava-se Piruças e morreu com uma infecção urinária.
43. Chorei a ver o Rei Leão quando tinha 13 anos.
44. Detesto médicos, fico muito nervosa quando tenho que ir a um que não o meu médico de família.
45. Não gosto de tomar medicamentos.
46. Sou muito sensível e choro por tudo e por nada.
47. O facto de estar bem disposta hoje, não significa que amanhã não fique em casa deprimida.
48. Adoro cinema, e tenho a noção que ao falar com certas pessoas gosto de mostrar que sei, e fico arrogante.
49. Mas de música não percebo nada.
50. Tenho os dedos dos pés tortos.
51. Se me pedirem para não me esquecer de trazer algo, é meio caminho andado para me esquecer. E bem podem esperar 1 ou 2 meses.
52. Gosto de ler jornais no café.
53. Não gosto de bolo de chocolate.
54. O meu animal preferido é a lontra e adorava ter uma em casa, mesmo que saiba que isso não é possível.
55. Sou a favor da legalização do aborto, mas não sei se teria a coragem de fazer um.
56. Fumo desde os 17 anos, os meus cigarros são Camel. mas fumei ventil e tabaco de enrolar durante uns anos.
57. Nasci numa sexta-feira dia 13, em Novembro de 1981.
58. Adoro viver em Torres Vedras e não me importava de viver aqui para sempre.
59. No entanto, não me importava de viver no interior, onde as casas são mais baratas e as pessoas diferentes.
60. Gosto de conhecer pessoas, de ver pessoas, de falar com pessoas.
61. Acredito que toda a gente merece uma segunda oportunidade.
62. Sou extremamente calma, mas se estiver aborrecida consigo ser extremamente bruta.
63. Não tenho problemas em pedir desculpa quando acho que devo.
64. Já tentei pintar a óleo, a aguarela, pastel, carvão, grafite.. Já escrevi contos, poesia, prosa.. Já participei em peças de teatro e já escrevi peças de teatro. Já escrevi um argumento para uma curta-metragem. E apesar do meu esforço para me tornar artista, nunca consegui encontrar o meu talento ;)
65. Gosto de margaridas, papoilas, malemequeres e todas as flores que nascem por ai na Primavera. Tenho uma necessidade estúpida de as apanhar e encher copos de água com elas, até que apodreçam.
66. Joguei futebol 11 durante uns anos, era das coisas mais importantes para mim, mas deixei de jogar completamente.
67. Aliás, o meu maior problema é que me farto das coisas muito depressa.
68. Quando era miúda o meu pai mimava-me muito, mas acho que ultrapassei isso.
69. Não acredito na fidelidade. Acho que o amor verdadeiro é resistir à tentação por medo que o outro descubra e nos deixe.
70. E descobri isto ontem.
71. Quando era pequena queria ser bailarina, depois astronauta, depois astrofísica, professora de Educação Visual, e no fim Geóloga.
72. Já pesei mais 11 kg que peso hoje, nunca tive complexos, mas agora tenho medo de engordar.
73. Tenho medo do mar desde que me enrolei numa onda aos 14 anos.
74. E por isso já não gosto de praia.
75. Sou muito desarrumada e gostava muito de não o ser, mas não consigo superar isso.
76. Já estou farta disto.
77. Trabalhei num bar, no IGM, na loja da minha mãe, mas nunca tive um emprego a sério.
78. O meu livro preferido é o 1984 e o filme o Fight Club.
79. A minha música preferida é de Nina Simone e chama-se My Baby Just Cares for Me.
80. Não gosto que mexam nas minhas coisas.
81. Não gosto que entrem no meu quarto.
82. Vejo demasiada televisão.
83. Não gosto que me sufoquem, que não me deem espaço e de pessoas muito dependentes.
84. E eu às vezes faço isso.
85. Gostei de uma rapariga uma vez, mas sou heterossexual.
86. Gosto de ter amigos gays, em parte porque isso me faz sentir liberal.
87. Tenho um pintor preferido, o Van Gogh. Ele tem um quadro que adoro, o L'église d'Auvers-sur-Oise. Já vi o quadro ao vivo e estive dentro desta Igreja.
88. Não sou muito exigente e para me fazer feliz não é preciso muito.
89. Gosto de pataniscas de bacalhau, de picanha e de frango assado.
90. Não gosto de comer peixe, nem comida vegetariana, ganhei um trauma.
91. O meu clube de futebol é o Belenenses, mas fui do Benfica durante anos.
92. Gosto muito de tricotar, mas tenho a certeza que me vai passar.
93. Não gosto de touradas, mas aprendi a respeitar quem gosta.
94. Detesto neo-nazis.
95. Tenho caixas cheias de cartas que escrevi para pessoas, mas nunca cheguei a enviar. Uma caixa por pessoa.
96. Passo demasiado tempo ao computador.
97. Não tenho carta de condução nem sei quando a vou ter.
98. Gosto de andar a pé. E orgulho-me disso.
99. Não gosto do Natal porque não tenho uma família grande, nem unida e isso deprime-me.
100. Não uso perfume, não gosto de perfume e associo o perfume às pessoas.
101. Cheguei à última e não me lembro de mais nada, que irónico.



domingo, março 06, 2005

Eu adorava que a minha vida fosse uma sitcom. Se a minha vida fosse uma sitcom, gostava que fosse como a Dharma & Greg, com pais insanos, amigos estranhos e cheia de amor, paixão e aventuras. Reparem como as pessoas das sitcoms são sempre felizes. Como, passados 20 minutos, resolvem todos os conflitos que surgiram no início do episódio.
Se eu podesse escolher, a minha vida não seria uma série para adolescentes, nem uma telenovela, nem mesmo um documentário. Seria uma sitcom, daquelas que dão na RTP2 às 20h30.
- Levanta-te da cama.
- Não quero.
- Levanta-te da cama.
- ...
- Vai apanhar sol, o sol faz-te bem.
- Está frio.
- O frio anestesia.
- Não gosto de estar anestesiada.
- Então reage.
- Não quero reagir.
- Faz de conta que não sabes.
- Não quero fazer isso.
- Então vai-te embora.
- Não consigo.
- Então não te queixes. Foste tu que escolheste isto.
- Tu não entendes. Não é assim tão simples.
- É. Tu é que adoras complicar as coisas. Admite, gostas de complicar tudo. Se te tirarem os conflitos, definhas com uma vida normal. Tornas-te vulgar, comum. Tens medo de acabar como os outros, os que têm uma vida OK e não espectacular e arrebatadora.
- Eu quero ter uma vida normal. Quero as picket fences, o cão e os churrascos no quintal.
- É engraçada a maneira como te tentas convencer a ti própria. Metes-me pena.
- Cala-te. De uma vez por todas, cala-te.


sábado, março 05, 2005

Manifesto

Há dias, como hoje, em que me apetece comprar daqueles postais de Torres Vedras e enviá-los aleatoriamente a desconhecidos, cujas moradas tiro da lista telefónica.
Nunca pensei bem no que escrever, mas seria algo deste género:


Caro(a) Desconhecido(a),
Recebeu este postal porque hoje me apeteceu dizer-lhe Bom Dia. Aposto que não recebe correio (que não contas para pagar e publicidade) faz muitas luas.
Um Bom Dia para si :)

Eu acho que gostaria de receber postais de todo o país, de pessoas que não conheço.

terça-feira, março 01, 2005

Palavras

Três frases que me abanaram o dia, hoje.
Pela hora de almoço, " O meu primeiro brinquedo foi um telescópio", do prof. Monteiro.
Pelo fim da tarde, "...desconheces o peso da tua ausência...", da minha Diane.
Há instantes, "Mas ao ceder ao engano e simulação, onde se traça a fronteira? Quando é que sabemos se fingimos para os outros se para nós próprios?", da minha Filipa.

Cold

Hoje fui toda a tossir e ranhosa para as _aulas_ . Acordei cedo e tudo porque me sinto sempre pior ao acordar, e ao acordar umas 2 horas antes achei que ficava boa na altura certa. Got that right.
Não estou assim muito mal, só constipada, o que é extremamente incómodo. Cheguei à FCUL, toda entupida, para descobrir que esta semana não há as tais _aulas_ ... TUDO BEM. Laboratório comigo. Got that wrong. Pó e constipação não são amigas dos olhos chorosos . O sol também não é.
E actualmente, as pessoas também não.
Saturação, saturação... Chegou-se ao ponto de saturação. Mas como nunca fui de engolir até rebentar, os estragos não foram muitos. E eu sei que acabo sempre por esquecer, embora desta vez esteja a torcer para que isso não aconteça.
Já pensei em desligar o telefone, ou mudar de número, para que páre de receber telefonemas só e somente quando convém às pessoas.
Isto será um recado?
Talvez.
O blog é meu e eu escrevo o que quiser.