domingo, maio 30, 2004


Please believe me
If you don't need me
I'm going, but I need a little time
I promised I would drown myself in mysticated wine

terça-feira, maio 18, 2004

Estou triste,
porque não vejo futuro em nada.
A minha vida é um grande conjunto
de becos sem saída...
que não consigo evitar, antes pelo contrário.
Não eram estes os meus sonhos e sinto
que estou demasiado marcado para mudar.
Azar.

segunda-feira, maio 17, 2004

No fundo de ti,
Eu sei que traí, mãe.

Tudo porque já não sou
O menino adormecido
No fundo dos teus olhos.

Tudo porque ignoras
Que há leitos onde o frio não se demora
E noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
São duras, mãe,
E o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
Que apertava junto ao coração
No retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas;
Talvez não enchesses as horas de pesadelos

Mas tu esqueceste muita coisa;
Esqueceste que as minhas pernas cresceram,
Que todo o meu corpo cresceu,
E até o meu coração
Ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -
Às vezes ainda sou o menino
Que adormeceu nos teus olhos;

Ainda aperto contra o coração
Rosas tão brancas
Como as que tens na moldura;

Ainda ouço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
No meio de um laranjal...


Mas - tu sabes - a noite é enorme,
E todo o meu corpo cresceu.
Eu sai da moldura,
Dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.


--Eugénio de Andrade--

sábado, maio 15, 2004

Tivemos o mundo, fomos o mundo.

Adolfo Lúxuria Canibal

sexta-feira, maio 14, 2004

About Love, um conto de Tchekov. Aqui vai um excerto:

" I took her in my arms, she pressed her face to my breast, and tears flowed from her eyes. Kissing her face, her shoulders, her hands wet with tears -- oh, how unhappy we were! -- I confessed my love for her, and with a burning pain in my heart I realized how unnecessary, how petty, and how deceptive all that had hindered us from loving was. I understood that when you love you must either, in your reasonings about that love, start from what is highest, from what is more important than happiness or unhappiness, sin or virtue in their accepted meaning, or you must not reason at all.

I kissed her for the last time, pressed her hand, and parted for ever. The train had already started. I went into the next compartment -- it was empty -- and until I reached the next station I sat there crying.
"

terça-feira, maio 11, 2004

De todas as pessoas
há uma que eu posso dizer: é genial..
Nada do que acontece vai mudar isso.

Espero que Deus tenha pensado: foda-se falhei,
porque senão o pouco que ainda acreditava
é agora pó sobre os cadernos que escrevi.

E merda para isso tudo,
não há aqui "do mal o menos",
é o pior simplesmente.

Não é possível dar a vida
porque se fosse dava-a por tudo normal como antes.
Acaba aqui
Não se escreve mais

.
Se o windows media player fosse a vida, eu estava constantemente em repeat.

If I could just turn and run.
If I could just turn and run.


It wears me out.

sábado, maio 08, 2004

- não me voltes a virar as costas enquanto falo contigo.
- as tuas palavras não me dizem nada, não as oiço sequer...


I can fly, my friends! Woo Hoo, I can FLY.

sexta-feira, maio 07, 2004

Há sitios em que deve ser dificil viver..
Sitios como uma caixa de cereais,
como um universo,
como um planeta como este..

Todos eles caóticos e complicados..
Todos eles sem excepção.
O que eles precisam é de ser comidos vivos,
como é costume e tradição.
Secos,
sem leite numa tijela,
num buraco negro,
no oco.

........Nada para fazer..

Esta inércia dá-me tempo para pensar num monte de babuseiras para escrever,
traulitadas nas teclas às três da manhã...
Ainda alguém acorda e apercebe-se porque durmo de dia,
porque estou mirrado, porque sofro de dores nas costas.

Caíu direito no chão, dizia o jornal

Rudy Black

terça-feira, maio 04, 2004

I am above reality.

Da outra vez era tarde,
e estava entornado..
Agora não,
agora o carnaval pode mesmo acontecer,
e o medo vai-se-me aos pulmões
como um vício qualquer que agora não me lembro..

Já nem sei se é medo se é castigo,
se é droga ou outra espeçiaria qualquer que agora não me cheira..
Só sei que, ao largo, ainda arde a vontade de fugir,
e não, Madredeus não ajuda.

Não vá me dar vontade de acordar outra vez aquelas paranóias,
aquelas coisas que se é mestre,
falar sozinho no escuro, abrir os olhos à luz da escuridão,
ouvir ler músicas sem som à escuta das mensagens que não virão.

Pior!
Esquecer-se de uma dica importante para dormir,...
e dar palha em troca... Só para não ficar calado... Reticências reticências......

Era óbvia a resposta: sexo.
Trocar fluídos.
Tipo cromos raros.
Fazer uma troca!
Fogem-me as boas respostas...
É das ganzas........


Carta a ti consciência

sábado, maio 01, 2004

Agora paramos, não sabes o que é pior:
Esmagada por um martelo
ou doente de nós juntos.
Ninguem vê alem de ti tu propria
mas a doença é curavel avante.

Quanto mais olhamos menos vemos,
Em nós as sensaçoes sao o sumo da experiencia
e exacta é a ciencia que nos subtrai..
Claro, os paladares e os convites sao os caroços que nao se engolem..,
eu sou um chato do caralho
e tu lamentas ter nascido



Diogo mesmo