terça-feira, janeiro 27, 2004

Já nem as procuro.
Que cansaço..
Um dia ainda vai abaixo a árvore,
e o poiso á vida ah pois.
Ao chão como tudo o resto.

Alguém passa a rir bonita admira-me,
não entendo nada,
nada.. é preciso ver
Com olhos bem abertos e estar lá,
no corpo da outra pessoa,
no sexo da outra pessoa,
sentir a outra pessoa não sei.. Não vejo bem.

Ela podre e eu no poiso,
ali no chão terra,
na árvore que está lá deitada,
rachada, morta podre..

Pensava haver um acordo,
pensava que éramos os dois só.
Ela e eu, a árvore e a introspecção..
Mas não...
Já nada procuro, porque não sei o que procurar
nem o que vou encontrar
nem se vou encontrar
nem se me interessa...
Nem se vale a pena, ou o esforço, por isso mesmo exactamente.

Entretanto, à que enfrascar os sentidos até à inconsciência
e evitar telejornais, a luz do dia, e a da noite aliás,
e eu próprio também seria bom..


"Árvores tombam todos os dias"

sábado, janeiro 24, 2004

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Também eu queria parar...
chorar...
cair...
para me levantar.

domingo, janeiro 18, 2004

Everybody needs some time... on their own
Don't you know you need some time... all alone

sexta-feira, janeiro 16, 2004

Hoje não resisti à minha já conhecida curiosidade e fui espreitar a página dedicada a um conhecido, em memória à sua morte há um ano atrás.
Já não lhe falava há uns 2 anos. Por parvoíces. Nunca fomos amigos, nem nada que se pareça. Apenas conhecidos. Como a maioria das minhas relações sociais. Só que, um dia, ele morreu.
Então... porque me arrepia a espinha ver fotografias dele?...

Claro que não posso dizer que não o suportava, na realidade. Isso não seria politicamente correcto.

quarta-feira, janeiro 14, 2004

...Não era preciso, pelo sorriso, olhar devagarinho.
Dependia sempre do sitio, e da hora do dia...
Eu sabia, nunca seria mais nada senão "um café se faz favor"...


Naquele dia acordara mal. Dormira mal, os pesadelos melhores ainda.
Acordava e (espanto!) estava tudo na mesma,
a sensação de acordar no tempo em que o infinito era o sol sempre o mesmo.
Uf, um engate contínuo que se pensava morto.

As miudas passavam como manadas incontroláveis e a velha parada à espera que o corropio não a atingisse,..

Tanto reparava nos outros que existem que me fazia a mim própria atingir a hipnose profunda do sono.
Era só um dia a mais à espera de adormecer e ver entretanto a sexta-feira acesa no calendário..
A muda de roupa já nem fazia sentido, era sempre o mesmo dia,
o calendário imaginava-se jogar bingo, com 30 ou 31 numeros tanto faz nunca ganhou nada.

Acho que já nem acordava, reacordava, oito anos nisto, brutalmente espancada pelo Tempo que se ri agora com tanta bebedeira mal paga..,
a Terra Prometida era mais longe agora.
Todos os dias a pensar se valia a pena o Tempo recuar e resolver aqueles problemas aritméticos existenciais......
Ooh, se valia... Matava por isso.
Afinal era essa a sua vocação,
do Tempo quero eu dizer..
Ser pensado como senhor de todos os destinos
e que sorte tem ele, nunca poderá recuar ou escolher o seu próprio..,
sempre em frente, onde é o futuro(?), não há conflitos, não há democracia ou direito à greve.

E eu presa a ele como cabelo molhado e maltratado pela tempestade que não passará.
O tempo é jamais obsoleto ao Mundo

Ana Precisa

segunda-feira, janeiro 12, 2004

Algures, na parede cravada de papeis do Nando's, no Bairro Alto, está este poema que numa noite (já lá vão alguns anos) me fascinou:

lembra-te
das compras uma vez por semana
de alguém que aindta te é familiar
de comer fruta
de ver séries semanais
de tomar decisões
de falar
de mexer os dedos
das obras em casa
de sapatos de Verão
memorizar
ter respostas
de baixar a cabeça
dos nomes
de dormir
não dizer tudo
fumar menos
de dormir
memorizar
não dizer tudo
dormir


não dizer tudo... a verdade não precisa de palavras. Quem é que terá dito isto?

quinta-feira, janeiro 08, 2004

O Pianista... que angústia.

terça-feira, janeiro 06, 2004

Sou uma clave negra que tudo vê e tudo absorve.
Tudo é triste dentro de mim e tudo é perfeito aos meus olhos.
Tudo me faz lembrar o que perdi.
Talvez as celebrações sejam isso mesmo...
Um suplí­cio para os que desejam e uma revolta para os conformados.
É tudo mentira?

segunda-feira, janeiro 05, 2004

A rua a  noite, tal como a conhecemos,
fria, sozinha, longe das graças de Deus.
Aqui não está mais calor, no entanto mantenho-me o mais despido possivel..
Não que eu goste, ou que goste de sofrer,
é so porque não me apetece mexer e alcançar o roupeiro.. Nada mais que um calão..
Ainda que demonstre empenho ou qualquer coisa semelhante
sofro apenas de uma grave doença ocidental,
o "american dream" aqui do sitio,
e espero, espero sentado, ou deitado, mas espero
(não vá acontecer qualquer coisa à parede do meu quarto,
ora,
não me vá escapar tamanho e grandioso acontecimento..)

Eventualmente morrerei, de tanta apatia,..
mas é nesta altura que devemos ser leves connosco próprios,
deixar a maré levar os sentimentos mais cansativos
e ficar a ver as brechas da parede a abrir, tal qual uma flor, com o passar dos meses.. anos.
Tempo sobre tudo. Tudo sobre o tempo.

Quando me levantar de manhã, ou de tarde mesmo,
tudo será diferente,
tudo menos a minha vida,
que parece um cão atrás da cauda,
que observa e não age, que é existente como o vento
mas que não poisa pois não o sabe fazer...


Rudy Black

domingo, janeiro 04, 2004

Mais um mortal chega à Terra Prometida...

"I'm over this
I'm tired of living in the dark
Can anyone see me down here
The feeling's gone
There's nothing left to lift me up
Back into the world I've known"


Estou para aqui a fazer um intervalo dos estudos. O tempo passou tão depressa... Já acabou mais um semestre..
Para descontrair um bocadinho, pus-me a ouvir Billie Holiday :) A banda sonora para um fim de tarde de Primavera.

And even be glad, just to be sad, thinking of you...

sábado, janeiro 03, 2004

O meu cartão MB caduca no fim deste mês. Como o BES é um banco simpático, mandou-me um cartão novo (sem q eu o tivesse pedido) há coisa de 4 meses. Só que não me mandaram o PIN, dizia lá na carta que se mantinha o PIN original. TRETAS! Hoje tentei por o meu PIN original, e achava que só tinha tentado uma vez.
Última tentativa, disse a maléfica máquina.
Última tentativa!!!
E agora?