O Medo é de quem fica
Primeiramente, um obrigada ao vizinho Bom Rebelde pelo link que apontava para um artigo sobre o Al Berto, no Expresso. Graças a esse artigo, tive oportunidade de (re)ler mais dois.
Este, especialmente (que se não me engano tenho ali guardado algures numa gaveta), tocou-me hoje profundamente. Porque os escritores também são pessoas. Às vezes esqueço-me disso.
Não resisto a mostrar-vos um pouquinho do que li, mas aconselho a lerem o artigo na totalidade. E que corram à livraria/biblioteca mais próxima para descobrirem Al Berto. Quem sabe ele não se entranha em vós como se fixou em mim...
"Viveu perante os nossos olhos sem se arrepender: excedeu-se, arriscou, perdeu, contradisse-se, mas não voltou atrás para remendar. Tinha mais que fazer, adiante. Não se reservou, não se preservou, não se conteve, nunca. Deixou as elipses para os outros e, generosamente, atulhou os livros de pérolas e desperdícios, às mãos cheias, numa inesgotável capacidade de desfrute - lugares, corpos, substâncias, imagens - numa compulsiva necessidade de partilha - paixões, pulsões, descobertas, empatias.
Este, especialmente (que se não me engano tenho ali guardado algures numa gaveta), tocou-me hoje profundamente. Porque os escritores também são pessoas. Às vezes esqueço-me disso.
Não resisto a mostrar-vos um pouquinho do que li, mas aconselho a lerem o artigo na totalidade. E que corram à livraria/biblioteca mais próxima para descobrirem Al Berto. Quem sabe ele não se entranha em vós como se fixou em mim...
"Viveu perante os nossos olhos sem se arrepender: excedeu-se, arriscou, perdeu, contradisse-se, mas não voltou atrás para remendar. Tinha mais que fazer, adiante. Não se reservou, não se preservou, não se conteve, nunca. Deixou as elipses para os outros e, generosamente, atulhou os livros de pérolas e desperdícios, às mãos cheias, numa inesgotável capacidade de desfrute - lugares, corpos, substâncias, imagens - numa compulsiva necessidade de partilha - paixões, pulsões, descobertas, empatias.
Gostava de pessoas e as pessoas gostavam dele, gostava de dizer os próprios versos e ninguém os diria melhor, gostava de falar e falava longamente, precisava dos outros e os outros amavam-no também por isso. Cresceu até à morte diante dos olhos de todos e partiu. O medo é de quem fica."
Alexandra Lucas Coelho
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