Ando nisto dos blogs há alguns anos. Fazendo as contas de cabeça... talvez há uns 4 anos.
Comecei a comentar na Idioteca (perdoem-me, mas não tou com paciência para inserir links), um blog sobre música e outros assuntos, para onde escreviam uma série de pessoas que eu nunca conheci. Um dia convidaram-me para escrever para lá também.
Mas eu nunca percebi de música. Sei falar de cinema, de pintura, de geologia, mas de música não sei falar. Quer dizer, eu sei o que gosto e o que não gosto, o que acho bom e o que não acho bom, mas nunca pertenci a essa elite musical, que vai ver concertos de bandas tipo "Panda Bear" e surrealismos do género. Às vezes compreendo as pessoas que apanham secas a ouvir uma conversa de Abbas Kiarostamis e Takeshis Kitanos e parece tudo igual.
A minha relação com a música é essa.
Prosseguindo, como a minha cultura musical não chegava para escrever para lá, escrevia sobre outras coisas. Tudo bem codificado, como manda a faceta não anónima daquele blog (e deste, por sinal), mas ainda hoje me recordo do que estava a sentir e o que queria dizer, quando releio os posts antigos da Idioteca.
Um dia, a idioteca acabou. Não sei porquê, mas ninguém mais escreveu para lá. E eu fiquei triste, e senti a falta de qualquer coisa.
Nasceu a Terra Prometida, que pretendeu ser um espaço aberto a todos os que tivessem alguma coisa para dizer, mas que não quisessem assumir um blog próprio.
Por aqui passaram grandes amigos, figuras conhecidas e figuras desconhecidas também.
Mas acho que chegou àquele ponto em que o silêncio se instalou e fiquei cá eu. Não meus amigos, não vou fechar este blog. Nem estou a querer pressionar alguém para escrever alguma coisa.
Mas ontem descobri que o vizinho Metrografista sente que não tem nada para dizer. E isso é a mais pura mentira. Porque o conheço há largos anos, leio o Metrografismos desde que era um blog bebé com poucos dias e sempre gostei de o visitar.
Se calhar o Metrografista está a passar somente uma fase. Espero que passe.
E a Darkest Moon, antigamente tão assídua nos seus posts, também se silenciou na blogosfera.
É mesmo assim, uns vão, outros ficam, mas os links nunca se apagam.
Abraços