quinta-feira, dezembro 29, 2005

Prognósticos só no fim do jogo

Se calhar eu e os anos ímpares não nos damos bem.
Não é que o 2005 tenha corrido mal, mas não desenvolveu, sabe a um ano em vão. Se voltar exactamente há um ano atrás, está tudo quase na mesma.
E eu gosto de revoluções.
Este ano vou passar ao lado das expectativas, previsões, planos, objectivos, enfim.. as minhas listas.
Go ahead 2006, surprise me.

quarta-feira, dezembro 28, 2005

Broken Wrist

Tenho a casa cheia de lã nova e bonita e um pulso estragado que não me deixa tricotar.

segunda-feira, dezembro 26, 2005

Boas Festas

Mais creatures

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sábado, dezembro 24, 2005

Last day

Bom... Já falta pouco. Tenho a infeliz tarefa de ter de acabar o cachecol do meu pai hoje e, se tiver tempo, acertar mais uns "pormenores" para logo à noite, mas já começo a não acreditar que consiga.
Comprei uma prenda. Nada mal :)
A minha irmã pediu-me um CD de Diana Ross, arranjei uns 5 e estou a ouvir The Supremes. Faz-me lembrar aqueles filmes dos anos 80 que já todos vimos até à exaustão... 90% destes oldies entraram na banda sonora de um filme. Garanto-vos.

Merry x-mas para quem gosta, um feliz Inverno (pois já começou, pois já) para quem prefere.
I've got some knitting to do..

terça-feira, dezembro 20, 2005

Ontem foi o concerto de Yann Tiersen no CCB.
E eu que não sabia...
Quando o oiço às escuras, como agora, sinto-me a andar à chuva.



Edit: Parece que o concerto foi adiado para 27 de Fevereiro. mas os preços não são nada convidativos... X-mas present anyone? ;)

Desorientação, como se perdesse o meu Oriente

Como um dia perdi este saber que vivi
Como um dia sabia que ia sem nunca chegar
Um dia na minha vida assim segui
Sobre a luz de estrelas
Sobre uma Lua brilhante
Encontrei este meu caminho
Que não sei seguir
De longas curvas serpenteantes
Cruzamentos de perdição
Contra curvas estonteantes
Bifurcações de indecisão
Por essa estrada fora
Como se nada mais houvesse
Como se fosse fantasia
Gerada em imaginação desviada
De uma verdadeira sensação de pureza
Rica, tão rica na miragem de tantos dias
Abraçados a uma memória despida da força
Que um dia era iniciativa de agir
Já nada me faz rir
Pouco consigo sorrir
A revolta que me invade
Extrai o pouco que ainda existe de mim
E agora só quero voltar
Para onde não é possível
Para o meu ínicio
Onde tudo era novo
E nada mostrava ser ruim
E ingénuo aceitava
Tudo o que a vida tinha
E seguia em frente, indiferente
A tudo o que me rodeava

Só porque o sangue escorre
A ferida continua aberta
No fundo... não foi o mundo que mudou!

segunda-feira, dezembro 19, 2005

stupid girl

Don't believe in fear
Don't believe in pain
Don't believe in anyone
That you can't tame

Não acredites no medo
Não acredites na dor
Não acredites em ninguém
Que não possas domesticar

Garbage

Está aí à porta o Ano Novo. Como diriam os antigos, ano novo, vida nova. Don't know about that, but something's got to change.
Às vezes, como hoje, pergunto-me se tomei as decisões certas.
Feeling pretty stupid today.

domingo, dezembro 18, 2005

abîme

daquelas coisas que a gente sabe de início que não vão resultar, mas há um qualquer bichinho que puxa, não sabemos bem porquê. li num livro há pouco tempo qualquer coisa relacionada com a atracção para o abismo. ficar de pontas já de fora com vontade de saltar sem se saber bem porquê. e depois saltamos e já é tarde demais. as coisas vão enrolando, enrolando, mas aquela vozinha interior ainda não se calou, continua a avisar-nos do perigo, a massacrar pelo erro que cometemos ao saltar. eu consigo calar essa vozinha. e hoje degolei-a com um cutelo quando insistiu acordar-me com um "eu tinha razão".

sábado, dezembro 17, 2005

One Art

"The art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn't hard to master.

Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these things will bring disaster.

I lost my mother's watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn't hard to master.

I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn't a disaster.

Even losing you: (the joking voice, a gesture
I love) I shan't have lied. It's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster."

Elizabeth Bishop

Another one of my favorites.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Olhos que reflectem luas sem fim

Os olhos que vejo limpos
Longe de tão perto estar
Os olhos que tingi de vermelho
Uns em que mergulho lesto
Como num buraco sem fundo
Néscio
Louco por me perder
Saudade de voltar a ser
Pequeno bicho do mato
Deixar tudo de fora
Lua se estivesses comigo
Ou eu perdido em ti
Nos brancos prantos
No pensamentos
Em pleno torpor
Frágil fundação
Com base de nada
E mente adormecida
Alma que não se entrega
Corpo que não descansa
Mais que nada
Menos que tudo
Não sou Uno em mim
Mas parte de todo eu
E restos espalhados aí
Esvaído do soro
Precioso da vida
Saberei porventura
Onde procurar
Que sobra dos cacos
Arrancados na dor
De ser sempre assim
Olhos que reflectem
Luas sem fim
Olhos que brilham
Na sua luz
Nos seus confins

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Hate X-mas

Só tenho 3 prendinhas meias feitas.
Faltam-me 5. Falta uma semana e pouco para o Natal.
Este ano não queria gastar dinheiro nenhum, excepto na prenda para a minha mãe, que vou dividir a meias com a minha irmã.
Vou passar mais uma véspera de Natal a tricotar até os dedos ficarem dormentes e o pulso estragado.
Não gosto das luzinhas, das pessoas a correr de um lado para o outro cheias de sacos, de pais natal mal disfarçados a vender a lotaria. Já se começa a ver aquele olhar triste nas pessoas que estão sozinhas. Eu ao menos não estou sozinha.
I hate x-mas anyway. Maybe someday I won't.

segunda-feira, dezembro 05, 2005

Finalmente, consegui ver dEUS.
Já há uns anos que andava a tentar, e aprendi que beber desalmadamente na véspera de um concerto pode ser arriscado, uma vez que ressaca e música alta não combinam.
Mas o concerto foi bom, mais um momento a recordar.

Não sei se aguento mais uma semana para conseguir ver mais um episodio (s02.10) de Lost. Estou um bocadinho viciada naquela série. Se alguém se ficou pela primeira temporada e quiser saber o que está dentro da escotilha e mais uns bocadinhos, eu tenho os 9 episódios seguintes.

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Este dia que não quer passar

Acordei com um toque de sol
Depois de acordar e voltar a acordar
Abri os olhos e olhei lá para fora
Estava claro com céu azul
Mas o ar era frio de rachar
Despertei para mais um daqueles dias
Em que o mundo parece parado
Não que todos o estivessem
Mas porque as pernas estão preguiçosas
A cabeça não quer pensar
Enfim... mais valia dormir a eternidade
E ficar quieto a sonhar
Numa paz que parece tão longe de mim
Imagino o que seria se sempre assim
Na calma quente de um luar de verão
Com o som de uns grilos soltos por ai fora
Mas fico-me por aqui
Neste lugar sem ter para onde ir
Obrigado ao que me quer dar
Que vida lamacenta esta
Onde me enterro em passos pesados
Como se as pernas tivessem chumbo
Vou limitar-me a este marasmo
Desculpa... não consigo daqui sair
Esta prisão sem barras é o pior
Não me deixa mexer como se fosse apertado
Um dia penso sair
Fugir
Onde o mundo é verde
E corre um rio cristal
Onde nas grutas ouço as gotas cair
Num som límpido de água a pingar
Parar de pensar no que corre mal
E deixar para traz as sombras
Que me perseguem desenfreadamente
E não me deixam dormir
E assim chego a casa numa noite limpa
Com um sem fim de estrelas a brilhar
Na escuridão impar do sem luar
Durmo
Só desejava saber por quanto tempo
Que paz
Espero que as sombras não venham esta noite
A ver se é desta que tenho paz