quarta-feira, outubro 26, 2005

Slowly..

.. waking up.

E porque o mundo gira, quer tu gires com ele ou não (bem sei que já usei esta frase algures no tempo), há que respirar fundo e terminar as tarefas inacabadas. Porque tudo tem um fim (se bem que por vezes não parece).
Vai tudo correr bem. Tudo acaba bem, dê por onde der.

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(sentir-se empobrecido quando perdemos é sinal que somos ricos. de espírito, de alma, com grandes amigos e grande coração *)

terça-feira, outubro 25, 2005

We all take turns, I'll get mine too*

lápide

a contínua escuridão torna-se claridade
iridescência lume
que incendeia o coração daquele cujo ofício
é escrever e olhar o mundo a partir da treva
humildemente
foi este o trabalho que te predestinaram
viver e morrer
nesse simulacro de inferno

meu deus!
tinha de escolher a melhor maneira de arder
até que de mim nada restasse senão um osso
e meia dúzia de sílabas sujas
calcinadas

(...)

o pior é que me falta tempo
sinto a manhã cada segundo mais próxima
ameaçadora e cruel
a luz arrastar-me-á para uma espécie de inércia inexplicável
o silêncio será definitivo
o sangue adormece nas veias e o desejo de permanecer
arremessar-me-ia para o esquecimento sem regresso
poderia até projectar um eventual regresso antes de partir
tenho a certeza de que parto para sempre
não haverá regresso nenhum

Al Berto


*Pixies

Só desejo, muito baixinho, com medo de ferir com palavras, que estejas num sítio melhor, mesmo que não acredite em nada disso.
E custam-me as palavras porque se torna difícil pensar nisso.


domingo, outubro 23, 2005

Se a música falasse...

Porque me pediste palavras, assim
Não, não sei dá-las
Porquê? Porque me pediste, que não fosse
Só, só sei ser
Porquê? Porque queres, que eu fale
Não sei, não sei dizer
Assim seja, o começo
Porque eu, não quero o fim
O meio não! Não tem interesse
Não quero! Não quero! Que me rodeies
Não me deixes, sem caminho, para seguir
Não me tapes, a visão
Foje para que não vejas
O que não há de mim
Não tentes, apanhar-me
Porque assim, assim, eu vou fugir
Senta-te aqui, aqui, a meu lado
Fala, só, só para a minha alma
Mas nunca, nunca, com palavras
Só, isso sim, com o olhar
Porque não sei
Porque eu não sei, de outro modo, falar



e há uma música que deves ouvir...
"The Heart Asks Pleasure First - The Promise" - The Piano (OST)

sexta-feira, outubro 21, 2005

só a tragédia é bonita
só ela traz outro começo

Depois de um dia cansativo (mas não produtivo), eís que chega o fim de semana.
Já tinha saudades de ouvir Clã... Clã é bom. Clã, Mão Morta (agora que me lembro, já tenho saudades de ouvir Mão Morta de madrugada, às escuras, como é suposto -- há músicas que têm uma maneira certa de se ouvir, onde se misturam com a vida, como a Banda Sonora do nosso filme).
Estou meia adormecida, acordei muito cedo, já não consigo dormir, inquieta-me a cama. Recordo-me perfeitamente do último dia em que dormi bem, estava calor ainda e tive que me despir porque o pijama colava ao corpo. Lembrei-me da frase do Kundera, que eu tanto gosto.
O dormir bem começa pelo bom despertar, sem preocupações, without a care in the world...!

Bom, hoje fui visitar a casa de uns amigos, que ainda não têm mobília nem cama, mas vivem juntos e parecem felizes. Uns metros à frente vive outro casal conhecido.
Começamos a viver estas experiências pelos outros. Penso como será a minha. Viver com alguém, parece tão estranho... Será que passava a ter um bom despertar sempre, sempre? Ou teria de encontrar um alguém que soubesse aceitar o meu mau humor matinal?

Estou lamechas.

Parece que quando deveriamos estar felizes pelos outros, aquela pontinha de inveja invade-nos de tal forma e nos preenche que se torna insuportável.
Inveja porquê? Porque quero viver com alguém?
Não.
Porque tenho pena de não ser assim.
E.. às vezes tenho pena de não ter um Daniel ou um Miguel para que não tenha de ir para casa sozinha (aposto que se tivesse um estaria neste momento a invejar as amigas solteiras que fazem o que querem).

Oh dear, silly silly girl! :)

quinta-feira, outubro 20, 2005

Winterness

I'm free to choose who I see any old time
I'm free to bring who I choose any old time
Love me hold me love me hold me
I'm free any old time to get what I want


I'm in a bad mood for days now...
Missing the sun, the heat (have I ever told you that I simply hate cold weather?). I miss a rainy day too, in the bed, warm and cozy. Or a spring day, knitting in the sun. A summer evening drinking a beer outside, laughing and talking all night long.
I miss dancing without a care in the world.
Does this happen to you? Sometimes I think in english, don't know why.
You know what the Monty Python say... "Nobody expects the Spanish Inquisition".

Vou beber um café à rua. Pode ser que isto passe.


terça-feira, outubro 18, 2005

ROOTS BLOOOOODY ROOOOOOOOOTS!!!!!!!

Memo:
1) Tirar fotos onde não apareça com focos de luz nos olhos
2) Tirar o BI (já que não o encontro)
3) Tratar da carta de condução
4) Terminar o relatório de estágio
5) Pedir o diploma e certificado de habilitações
6) Começar as prendas de natal:
6.1) Casaco com capuz e roupinhas Barbie para a sobrinha
6.2) Mala vermelha, pulseira e brincos para a mana
6.3) Cachecol para o meu pai
6.4) Decidir o que vou fazer para a minha mãe
6.5) Cachecol para o cunhado

Starting now.
I've got a whole life to live... Feeling so useless..
Se amanhã não me derem emprego acho que grito.

segunda-feira, outubro 17, 2005

It's not easy

Às vezes (mas só às vezes) gostava de não ter aprendido tanto nesta curta existência.
Às vezes (mas só às vezes) gostava de exigir o mesmo que os outros.
Se não fosse tão bom ser eu, às vezes gostaria de ser outra pessoa qualquer.

quinta-feira, outubro 13, 2005

O meu sonho de cores

No outro dia sonhei com um mundo assim
Acordei num quarto pintado de preto
Onde antes seria branco
Saí à rua e olhei um céu que era verde
Em que as nuvens pairavam com tons de negro
O sol... era todo ele vermelho
Entrei num carro roxo que devia ser branco
E dirigi-me a um porto azul,
Rolando sobre um asfalto violeta
Entrei num barco castanho
Naveguei por um mar encarnado
E voavam gaivotas multicolores
Via, ao longe, um arco-íris de tons cinzentos
Olhei-me num espelho
Vi uns olhos amarelos, num fundo incolor
Anoiteceu fluorescente
E as luzes eram da cor das rosas
As pessoas passeavam cor das laranjas
A noite era escura de azul
As estrelas brilhavam com mil cores
Só a Lua permacia branca
E soube, também, ser sempre cheia
E que bela era, fiquei horas a vê-la!
Adormeci
Acordei
Era num dia cinzento
Com chuva transparente
E eu era invisível

segunda-feira, outubro 10, 2005

Intervalo

Aproveitei o intervalo da Sala de Pânico (TVI) para vir desligar o computador.
Abri o blogger porque há uma série de coisas que me inquietam de momento, mas a confusão é tanta que vou acabar por, como vos tenho habituado, divagar.

Dói-me a garganta e a cabeça, vestígios de um fim de semana de temperaturas mais baixas, de conversas mais quentes e de ânimos exaltados. São as eleições, as saturações, a vida que quer andar para a frente mas o corpo não deixa.
Hoje fiquei em casa, com planos para andar para a frente, acabar os projectos inacabados, por início à engrenagem da vida, que tem estado perra e apática.

Quando foi que me tornei assim? A que determinada altura desta minha curta existência eu me rendi à preguiça e à apatia? Agora sinto que o Universo me está a empurrar para o caminho certo, mas que eu estou demasiado aterrorizada para abraçar a oportunidade.
Auto-sabotagem, diria a Teresa.
Auto-sabotagem...

Porque teremos nós medo de viver?

E, em jeito de desabafo, descobri à pouco que estava a torcer que o PSD ganhasse as eleições cá na Santa terrinha. Mais que não fosse para poder dizer daqui a 4 anos: eu tinha razão.
Os humanos são estranhos, é nisso que penso agora. E os portugueses parecem-se cada vez mais com os peixes, limitados por uma memória demasiado curta para se aperceberem que nadam dentro de um aquário cujo castelo é sempre igual.

Amanhã... amanhã será um dia bom. Amanhã vou investir no resto da minha vida. Está na altura de acabar o que comecei para poder ter a cabeça limpa para o que me espera.
Bom ou mau.
E se não estão a perceber do que estou a falar, 4 meses para escrever um relatório de estágio e ter apenas 30 páginas para mostrar ao mundo não é um grande feito. E a consciência começa a pesar...

Até amanhã :)

sexta-feira, outubro 07, 2005

Abobadilhas *

Quando o despertador tocou hoje de manhã, eu já estava acordada há 40 minutos. A pensar.
Estava frio hoje na rua, à beira da estrada a ser observada pelas pessoas que passaram, até que ela me veio buscar.
1h45 min até Coimbra, passei o dia todo com pessoas a chamarem-me Doutora. Ainda é cedo para pedir que me tratem pelo meu nome, por ora tenho um certo receio de ofender as susceptibilidades, mas parece-me a mim que naquele meio, ninguém se conhece pelo nome. Há os Engenheiros e os Doutores. E assim como eu não sou uma doutora na verdadeira acepção da palavra, acredito que muito daqueles Engenheiros o sejam apenas por estatuto e por experiência que têm.
Gostei do Engenheiro que foi connosco. Tem traços de indiano, mas soube hoje que nasceu na Angola. Respondeu com gosto às minhas perguntas todas sobre tijolos, ensaios, e cada vez que ele falava em calcite ou em argilas olhava para mim e sorria, à espera da minha confirmação como geóloga.
Ninguém me perguntou o que fazia eu, nem estranharam a minha presença no meio de tanta gente mais velha (e parece-me que todos se conhecem do meio).
Só se riram como perdidos quando eu fui buscar um tijolo e me avisaram que aquilo era uma abobadilha.

Ah... que freaks dos tijolos. Haviam de os ver, a comparar os seus (haviam para lá umas paletes que pertenciam a algumas das cerâmicas representadas). E mais para o fim da tarde, quando já estava mais à vontade no meio daqueles xôtores todos, sugeri a uma empresa da concorrência que fizesse tijolos de Verão e tijolos de Inverno.
Riram-se, mas também hoje era uma das duas únicas pessoas que sabiam que um decímetro cúbico corresponde a 1000 centímetros cúbicos. E nenhuma delas era o formador.
Também.. que interessam as conversões no mundo dos tijolos... nada :)

Pena que agora não esteja com vontadinha nenhuma de acabar o relatório de estágio... Ai, santa preguiça!

sábado, outubro 01, 2005

Esta merda devia dar os números do euromilhões

How You Are In Love

You fall in love quickly and easily. And very often.

You tend to give more than take in relationships.

You tend to get very attached when you're with someone. You want to see your love all the time.

You love your partner unconditionally and don't try to make them change.

You are fickle and tend to fall out of love easily. You bounce from romance to romance.