terça-feira, outubro 23, 2007

Cansaço

Uma variável na vida consoante o tempo é de facto a paciência.

Para umas coisas aumenta substancialmente, com a maturidade e a experiência de vida: paciência para os pais, paciência para os filhos/sobrinhos, paciência para os estudos...

Por outro lado, com o tempo perdemos a paciência para aquilo que não nos interessa. Somos mais selectivos. O nosso tempo é precioso. Já não há paciência para gente chata, para tarefas que não trazem nenhum bem ao mundo, já não há paciência para fretes e que tais.

Estou cansada.

quarta-feira, outubro 17, 2007

Justiça

Assusta-me a maneira como as pessoas, hoje em dia, percebem a lei e ajuizam condutas e acções.
A lei, a meu ver, serve para nos servir e defender.
Acredito que por detrás de toda a complexidade deste sistema, se podem isolar apenas algumas leis, linhas mestras de toda a nosssa conduta, que todos saberíamos e, principalmente, pudéssemos sentir.
Assusta-me a maneira como se defendem leis abstractas e arbitrárias, que não servem nem defendem.
Estamos numa época de inquisição, em que é mais importante a falsa sensação de igual aplicação da lei, em todos os casos, do que o genuíno bom senso.
Estamos numa época de grande injustiça.

Pois passado este trecho de grande justiça poética e de, concerteza, grande aclamação, deixem-me substituir as palmas pelos assobios (obviamente, estou a falar de futebol).

A razão desta introdução foi o recente caso Scolari.
Perdão, mas parece-me completamente extremada a opinião maioritária, de que o homem deveria ser definitivamente afastado de toda e qualquer actividade ao serviço da Selecção Nacional.
Caramba, é assim tão grave um indivíduo passar-se da cabeça e sentir o punho a mover-se em direcção às fuças do infame biltre?
Tratando-se de um caso isolado (e estamos a falar de alguns anos de carreira...), não me parece. Parece-me a mim tratar-se, de um acto cometido por alguém que vive a selecção e, excepcionalmente, se passou da cabeça e cometeu um erro. Pois eu tenho mais respeito por este tipo de homem do que pelos muitos avaros que passaram por lá e se serviram dela.

E perguntam vocês:

- Ah e tal, tu és jovem, e os jogadores/árbitros que são duramente castigados em casos de agressão?

Na perspectiva de que a lei serve para defender e servir, os jogadores/árbitros são intervenientes directos da partida. A quantidade de condicionantes e factores que podem proporcionam situações de conflicto é enorme. Ora, se não houver leis bastante rígidas nesta situação, é o desporto que sofre, ou melhor, os seus intervenientes. É necessário protegê-los, castigando-os.

- Então e a violência, não se deve dar um exemplo forte perante este tipo de situações? Por isso é que o mundo está assim...

Não.
Acho que se deve distinguir uma palmada de raiva, de outras situações mais graves. A primeira até pode ser saudável, gerar respeito e resolver conflictos. Não tem nada a ver com a cobardia e a falta de respeito pela vida e dignidade humanas, de que o mundo tanto sofre.

Tenho medo de que tenhamos perdido a humanidade e o bom senso, ao julgar os outros.

segunda-feira, outubro 15, 2007

Patti Smith no Coliseu

domingo, outubro 14, 2007

Left Brain v Right Brain Test

Qual o lado dominante do cérebro?

Eu vejo a imagem a rodar para o lado direito. Passado algum tempo, o sentido inverte-se, e assim por diante.

O resultado surpreendeu-me, sempre pensei que fosse uma "left brain person". Não sei se o facto de ontem ter sido sexta poderá ter alguma coisa a ver...

quarta-feira, outubro 03, 2007

definir os objectivos

dizem os entendidos que devemos estabelecer metas (não fixas, mas sempre tendo em conta um percurso mais ou menos delineado).
Definir os objectivos, mas de maneira a que não nos deixemos levar pela frustação quando estes não são atingidos. No fundo, aplicar todas aquelas palavras da moda, proactivo, polivalente, dinâmico, organizado, etc. à nossa vida.

saber gerir o tempo.

saber o que se quer.

focar um objectivo final.

e quando a nossa natureza (também não imutável, porque somos criaturas que conseguem evoluir - evolução não entra aqui apenas no sentido positivo, como tendencionalmente o fazemos) não o permite?

estou feliz com aquilo que atingi nos últimos anos, com a evolução (agora no sentido positivo) que consegui, mas de vez em quando, quando ocorrem aqueles deslizes, aqueles lapsos que me caraterizam, tenho de fazer um enorme esforço para não sucumbir àquela frustração de que falava.

e em que ficamos? resigno-me à minha natureza? aprendo a lidar com a frustração? adquiro mais paciência para me moldar aos poucos à imagem daquilo que pretendo para mim?

é.
é da minha natureza.