Hoje planeei tratar da lista de compras que se acumulava ha umas semanas e ai fui eu encher o meu novo e ecológico saco das compras (de pano, às flores grandes e bonitas). Lã, botões, feltro e uma coisa que parece sarapilheira, mas não é.
Passei pela Esteveira, esse paraíso de drogaria, cheio de coisas e coisinhas, que se vendem também em lojas de "artes", mas a preços demasiado inflacionados para a minha carteira.
Na Esteveira trabalha o Francisco. Um ex-colega de escola, dos tempos pré-liceu/puberdade. O Francisco é capaz de ser dos poucos ex-colegas do Sobral que eu tenho que me fala. Os outros atravessam a rua para fugir de mim, desde que mudei de escola. Como se 20 km de distância me tivessem tornado num bicho de outra espécie que eles não compreendem e receiam. Bom.. e se calhar... Adiante.
O Francisco, após termos comentado que a Ana Sofia (outra ex-coleguinha e ex melhor amiga) se casou e que a Sofia está de casamento marcado, confessou-me que também ele se vai casar em Agosto. E pergunta, como a pessoa educadíssima que sempre foi, "
Então e tu Carina?", ao que respondo, "
Bom, eu não me vou casar em Agosto". Ele sorriu e disse: "
Quem sabe um destes Agostos..!". Como se ainda houvesse esperança para mim.
Que raios. Tenho um grupo de amigos torrienses, somos uns 20 ou mais (se contarmos com as namoradas). Só um é que se casou, e esse nem aparecia muito. Porque raio é que sempre que a minha mãe chega a casa, com mais novidades que implicam mais um casamento ou mais um nascimento de um filho de um ex-coleguinha da primária eu me sinto culpada e estranha?
Expliquem-me como é possível que uma pessoa de 23 anos, que nem emprego tem, cada vez que recebe uma notícia destas pensa: "o que é que estou a fazer de errado?".
Ai, eu devo estar a ficar maluca.