Não, não estou a dizer que o Verão acabou. Mas não tarda vou ter que pegar nos malditos livros, máquinas de calcular, canetas e lápis. E trocar as t-shirts pelas lãs. Procurar os cachecóis.
No entanto, depois de um cafézito com alguém que não estava nada à espera que me convidasse para tal, pensei neste último e maravilhoso mês de Agosto. Nada mais vai ser igual a partir de agora...
Houveram as desilusões, que não foram desilusões, porque eu já não espero nada de ninguém (como se isso fosse possível), vamos antes chamar-lhes "descobertas". As pessoas não são aquilo que gostariamos que fossem. Ele há os
grandes provocadores (um artigo sobre eles na Xis, muito elucidativo), os grandes amigos (este Verão redescobri-os), os grandes dissimulados, os medrosos, os que fogem da vida, os ébrios e os sóbrios. Os confusos. Por íncrivel que me pareça a mim, descobri este Verão muitas e muitas novas coisas (algumas só se consolidaram) sobre os que me rodeiam durante os restantes 11 meses e principalmente.. sobre mim.
Isto pode tudo parecer muito estranho, mas há já algum tempo que prevejo uma mudança radical, principalmente no meu modo de vida, porque quero acabar o curso e arranjar um emprego e tal. Mas também sinto que há certas pessoas que vou deixar de ver, de falar, de lidar (ou então não). Este Verão serviu para saber em que pé estou.
Mas foi tão bom. Tudo. As churrascadas, o vinho, as litrosas, a praia, os risos, as manhãs a comer
pica-pita-booni-pau, o piri-piri, os maços e maços de tabaco que fumei, as surpresas...
E agora estou com um aperto estranho na garganta. Mas é bom, é dos bons apertos. Até porque o Verão ainda não acabou e, mesmo quando acabar, não é um adeus. É um até já.