terça-feira, julho 26, 2005

Perdição

Às vezes quando acordo sinto-me perdido

As ideias surgem-me confusas
Nem sempre as consigo controlar e parecem todas baralhadas

É engraçado
Porque o mesmo parece acontecer quando me apetece escrever
E por isso mesmo gosto de escrever
Gosto de desenhar as palavras

E também gosto das palavras porque assim posso lê-las

Gosto das palavras porque elas são mudas
Pode-se olhar para elas e nem sequer as estar a ler

E é agradável fazer isso porque elas não se queixam
Nem sequer ousam responder

São como um animal manso que se deixa ficar a ser observado
Enquanto faz os seus disparates

Assim sinto-me bem a apetece-me rir

Às vezes também penso no que pensam os outros
Quando sabem que sou assim
Ou pensam que não sou bom da cabeça

E nesse caso apetece-me ir para o fim do mundo
Mas não um fim qualquer, mas sim o meu fim do mundo

Onde um sorriso vale mais que mil acções
Ou até mesmo mil palavras
Ou mesmo uma simples expressão facial
Pode ter mais significado que qualquer coisa que possa oferecer

E onde qualquer sorriso ou expressão
Mesmo feita uma só vez
E nunca mais alguma vez vista
Fica assim guardada na memória e nunca mais se consegue esquecer

Risos!!!

Esse mundo não existe!!

Só mesmo na minha cabeça


É por isso que acordo perdido