Peaceful
Por momentos pensei que me tinha perdido.
Há uma fábula de Esopo, que adoro, mas que não tenho cá em casa para a transcrever correctamente, por isso deixo-vos uma adaptação.
Um escorpião encontra um sapo na margem de um rio e como não sabia nadar, pede ao sapo para o ajudar a atravessar para o outro lado. O sapo olha para ele com desconfiança e diz-lhe:
- Nada feito, se eu te ajudar vais-me picar e eu morro.
- Mas isso não tem lógica nenhuma, eu não sei nadar e se te picar eu morro também – replicou o escorpião.
Perante esta resposta e a insistência do escorpião, o sapo cede e deixa o escorpião subir-lhe para as costas. A meio do percurso o sapo sente uma picada e o veneno do escorpião a invadir-lhe o corpo e a paralisar-lhe os membros. À medida que se vai afundando, o sapo consegue ainda dizer:
- Porque foste fazer uma coisa destas? Agora vamos morrer os dois... - lamentou o sapo.
- Eu sei, – respondeu o escorpião – mas não consigo evitar, é a minha natureza.
Por momentos pensava que me tinha perdido. Mas não consigo evitar, é a minha natureza. Estou condenada a isto e começo a habituar-me.
Passado uns tempos, deixa de doer tanto.
Há uma fábula de Esopo, que adoro, mas que não tenho cá em casa para a transcrever correctamente, por isso deixo-vos uma adaptação.
Um escorpião encontra um sapo na margem de um rio e como não sabia nadar, pede ao sapo para o ajudar a atravessar para o outro lado. O sapo olha para ele com desconfiança e diz-lhe:
- Nada feito, se eu te ajudar vais-me picar e eu morro.
- Mas isso não tem lógica nenhuma, eu não sei nadar e se te picar eu morro também – replicou o escorpião.
Perante esta resposta e a insistência do escorpião, o sapo cede e deixa o escorpião subir-lhe para as costas. A meio do percurso o sapo sente uma picada e o veneno do escorpião a invadir-lhe o corpo e a paralisar-lhe os membros. À medida que se vai afundando, o sapo consegue ainda dizer:
- Porque foste fazer uma coisa destas? Agora vamos morrer os dois... - lamentou o sapo.
- Eu sei, – respondeu o escorpião – mas não consigo evitar, é a minha natureza.
Por momentos pensava que me tinha perdido. Mas não consigo evitar, é a minha natureza. Estou condenada a isto e começo a habituar-me.
Passado uns tempos, deixa de doer tanto.
4 Comments:
Acho que se alguma vez me acomodar a tal existência miserável, sou eu que me pico a mim próprio.
Isso faz-me lembrar o sentimento do fado, que é um sentimento bonito, mas que não pode ser traduzido à letra directamente para as nossas vidas.
Sabe tão bem sermos donos da nossa própria vida... só não somos se não quisermos, o resto são desculpas cobardes.
Experimenta tu ser mau. Gostava de ver se consegues ;)
Said I'm a mean machine
Been drinkin' gasoline
Isto aplica-se a outras coisas, sabe-lo bem ;)
Mestre mojo tenho de concordar com a ana.
Ser dono te ti próprio não e mais que a tua própria natureza, tal como para outros, aquilo a que chamas desculpas cobardes... não passa da sua própria natureza. E, se calhar, nem são desculpas, a não ser talvez aos teus próprios olhos e aos de todos os que não são os outros.
A minha curta experiência de vida (não e assim tanta não, mas...) já me deu a visão do que é fugir à nossa própria natureza. E isso, meu caro, e tão pura e simplesmente o cair nela novamente.
Pensa bem, sempre que olhas para trás, consegues ver um lugar onde te encontras agora. Se não o vês, é provável que no futuro o vejas em relação a onde te encontras agora.
Posso estar errado, mas até prova em contrário, é nisto que acredito.
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