One of those days
Comecei o dia sem café porque me deixei ficar mais 3 minutos na cama.
Eu ponho o despertador com o tempo contado, todos os minutos a mais de sono são preciosos. Não sou como aquelas pessoas que adiantam 30 minutos o relógio para poderem ficar na cama a vegetar (e que depois não nos avisam quando vamos lá dormir e, por isso, nos levantamos instantaneamente e reparamos que chegamos 30 minutos mais cedo que o suposto - e que dormimos menos meia hora, consequentemente). Tomo banho em 7 minutos, visto-me em 5 e bebo café em 3, pelo o que o meu despertador toca 15 minutos antes da minha irmã me vir buscar. Quando ela se atrasa, posso beber café em 5 minutos e ainda tenho tempo de ver o mail.
A roupa está em cima da cadeira (geralmente é a que vesti no dia anterior depois de tomar banho, para me libertar do maldito pó cor de laranja - cor de tijolo mesmo, mas.. isso é óbvio), a mala está cheia de tricots, livros e cereais para o dia seguinte.
Quando recebo o toque, basta ir buscar o iogurte ao frigorífico e descer.
Mas hoje fiquei mais 3 minutos na cama, por isso não tive tempo de beber café.
Isto é quase como desafiar o Universo. Quer dizer, eu já bebia derivados de café mesmo antes de aprender a ler. Comecei com a cevada aos 4 anos (porque queria imitar o meu pai - outro aficcionado - mas ele não me deixava beber o nescafé), passei para a mistura (Brasa) aos 8 ou 9 e aos 13 o meu pai iniciou-me no carioca, que por sua vez me deu o empurrão para a cafeína pura e dura, no seu mais perfeito estado natural: o café solúvel (riam-se vá, digam que o café solúvel é merdoso, digam. Gozem comigo por causa da chávena de dimensões astronómicas com que empurro as torradas de manhã. Eu gosto).
Ora, se tenho este hábito desde os 4 anos, o meu corpo, que tão bem se habitua às rotinas, e, principalmente, o meu estado de espírito, não podiam estar a funcionar correctamente.
Foi um dia merdoso.
Primeiro por mea culpa (mesmo esquecendo o incidente da ausência de café) porque reservei grandes expectativas para o dia de hoje, e depois porque dormi mal e porcamente e estou deveras cansada.
Vim o caminho todo de comboio (uns longos 10 minutos) a pensar se não seria melhor assim, continuar em part-time, continuar a ter tempo para fazer o que gosto - tricotar - e fazer disso o meu emprego a full time.
Quer dizer, os meus pais gastaram rios de dinheiro com a minha educação superior, mas também não podiam dizer que eu não pratico a geologia. Pratico sim, como hobbie. Gosto da cerâmica, gosto de tijolos, sempre gostei. Estou a conhecer pessoas novas, a descobrir coisas novas e a fazer uma coisa repetitiva sim, mas de que gosto.
É um óptimo hobbie.
Pensei então em ser mais disciplinada com o meu full-time. Se eu fizesse uma peça pequena por dia, no meio das minhas invenções, ao fim do mês tinha 30 peças. Se fizesse peças maiorzinhas em 2 dias, ao fim do mes tinha 15. Se eu vendesse essas peças por 10 a 20 euros, ao fim do mês tinha mais 300 euros na conta.
Bah. Merda. Afinal não é um full-time muito rentável. Confesso que só agora fiz as contas.
Anyway, tal como um alcoólico se consola na bebida, eu passei pela loja de lãs e comprei o suficiente para fazer uma camisola para mim.
E vai ser a camisola mais bonita que o mundo já viu.
Isso vale mais que mais do dobro do salário.
Eu ponho o despertador com o tempo contado, todos os minutos a mais de sono são preciosos. Não sou como aquelas pessoas que adiantam 30 minutos o relógio para poderem ficar na cama a vegetar (e que depois não nos avisam quando vamos lá dormir e, por isso, nos levantamos instantaneamente e reparamos que chegamos 30 minutos mais cedo que o suposto - e que dormimos menos meia hora, consequentemente). Tomo banho em 7 minutos, visto-me em 5 e bebo café em 3, pelo o que o meu despertador toca 15 minutos antes da minha irmã me vir buscar. Quando ela se atrasa, posso beber café em 5 minutos e ainda tenho tempo de ver o mail.
A roupa está em cima da cadeira (geralmente é a que vesti no dia anterior depois de tomar banho, para me libertar do maldito pó cor de laranja - cor de tijolo mesmo, mas.. isso é óbvio), a mala está cheia de tricots, livros e cereais para o dia seguinte.
Quando recebo o toque, basta ir buscar o iogurte ao frigorífico e descer.
Mas hoje fiquei mais 3 minutos na cama, por isso não tive tempo de beber café.
Isto é quase como desafiar o Universo. Quer dizer, eu já bebia derivados de café mesmo antes de aprender a ler. Comecei com a cevada aos 4 anos (porque queria imitar o meu pai - outro aficcionado - mas ele não me deixava beber o nescafé), passei para a mistura (Brasa) aos 8 ou 9 e aos 13 o meu pai iniciou-me no carioca, que por sua vez me deu o empurrão para a cafeína pura e dura, no seu mais perfeito estado natural: o café solúvel (riam-se vá, digam que o café solúvel é merdoso, digam. Gozem comigo por causa da chávena de dimensões astronómicas com que empurro as torradas de manhã. Eu gosto).
Ora, se tenho este hábito desde os 4 anos, o meu corpo, que tão bem se habitua às rotinas, e, principalmente, o meu estado de espírito, não podiam estar a funcionar correctamente.
Foi um dia merdoso.
Primeiro por mea culpa (mesmo esquecendo o incidente da ausência de café) porque reservei grandes expectativas para o dia de hoje, e depois porque dormi mal e porcamente e estou deveras cansada.
Vim o caminho todo de comboio (uns longos 10 minutos) a pensar se não seria melhor assim, continuar em part-time, continuar a ter tempo para fazer o que gosto - tricotar - e fazer disso o meu emprego a full time.
Quer dizer, os meus pais gastaram rios de dinheiro com a minha educação superior, mas também não podiam dizer que eu não pratico a geologia. Pratico sim, como hobbie. Gosto da cerâmica, gosto de tijolos, sempre gostei. Estou a conhecer pessoas novas, a descobrir coisas novas e a fazer uma coisa repetitiva sim, mas de que gosto.
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4 Comments:
:P
Mai nada!
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