segunda-feira, novembro 07, 2005

Gotinha de água

Senti a leve picada na mão
Senti ser uma gota de água
Quando fui ver já não estava lá
Agora é uma gota de agua evaporada
Separou-se nas suas moléculas
Perdeu-se na mistura gasosa do ar
Ela é obiqua
Pode estar onde não está
Passeia-se por aí
Vê aqui e vê ali
Pequenina gota de água
Que agora já não é
Mas procura voltar a ser
E o tempo lhe dirá
E ela vai aprender
Que se então esperar
O ar se há-de condensar
A pressão há-de subir
Encontrará um grão de pó
Onde se poderá agarrar
Encontrar as suas perdidas moléculas
Subir por aí fora
Encontrar uma nuvem amiga
E quando o momento for certo
Vai cair novamente
Até pode ser na minha mão
E aí a volte a sentir, levezinha
Pode ser que então eu a veja
E a guarde na minha caixinha
Não a deixe fugir para longe de mim

2 Comments:

Blogger Almas said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

11:52 da tarde  
Blogger Almas said...

Ofender?!?!

É um poema simples. Pequenino, como gosto de lhe chamar. Suave. Quase como as palavras de uma criança a falar, espantada, daquela gotinha de água.

Não ofendes concerteza. Limitaste-te a apanhar uma sensação que lá procuraste, mesmo que sem querer.

:)

11:55 da tarde  

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