Strangers in the night
Há pessoas simpáticas e outras menos simpáticas. Às vezes temos aqueles jantares heterogéneos, constituídos por vários grupos de pessoas, que não se conhecem de nenhures. Tive um desses e saí de lá com uma sensação agradável, de quem tinha estado entre pessoas de bem, simpáticas e de boas intenções. Até ouvi cantar o fado, o que é sempre uma delícia para mim, apesar de estar muito longe de Coimbra...
No entanto, num jantar em que não conhecia conhecia metade das pessoas, não tive uma única conversa com algum daqueles jovens desconhecidos. Aposto que os meus jovens amigos também não. Nós, que temos uma vida inteira pela frente, talvez achemos que já conhecemos todas as pessoas interessantes deste mundo.
Não deixo de imaginar aquela face bonita à minha frente, cuja expressão revelava um perfeito desinteresse por tudo o que fosse mais do que lançar um olhar furtivo aos seus colegas desconhecidos.
Isto deixa-me triste. Será que crescemos, aferralhamos um número suficiente de pessoas próximas (um namorado é, muitas vezes, sufuciente) e perdemos o interesse para o "resto"? O que será que havia quando eu era criança e que se perdeu? Estaremos todos mortos? Eu não quero acabar assim, tenho sede. Conhecer pessoas custa, exige esforço, obriga a nos expormos, pode implicar rejeição, mas é bom, quando as pessoas são boas. É como ler um bom livro; custa, mas acaba por saber muito bem.
Talvez esteja a exagerar mas não acho isto normal. Tenho 28 anos caramba... será que não temos nada a dizer uns aos outros?
No entanto, num jantar em que não conhecia conhecia metade das pessoas, não tive uma única conversa com algum daqueles jovens desconhecidos. Aposto que os meus jovens amigos também não. Nós, que temos uma vida inteira pela frente, talvez achemos que já conhecemos todas as pessoas interessantes deste mundo.
Não deixo de imaginar aquela face bonita à minha frente, cuja expressão revelava um perfeito desinteresse por tudo o que fosse mais do que lançar um olhar furtivo aos seus colegas desconhecidos.
Isto deixa-me triste. Será que crescemos, aferralhamos um número suficiente de pessoas próximas (um namorado é, muitas vezes, sufuciente) e perdemos o interesse para o "resto"? O que será que havia quando eu era criança e que se perdeu? Estaremos todos mortos? Eu não quero acabar assim, tenho sede. Conhecer pessoas custa, exige esforço, obriga a nos expormos, pode implicar rejeição, mas é bom, quando as pessoas são boas. É como ler um bom livro; custa, mas acaba por saber muito bem.
Talvez esteja a exagerar mas não acho isto normal. Tenho 28 anos caramba... será que não temos nada a dizer uns aos outros?
3 Comments:
Que post tão bonito.
Como dizia um grande amigo meu: palavras sábias...
Um grande abraço *
Já agora, estiveste bem melhor que eu, que levei com o jantar do Académico em cima. Adivinha quem lá estava: a amiga Magda ;)
Beijinho
Hum... não queria estar na tua pele :)
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