segunda-feira, janeiro 24, 2005

Happy.

Estou muito cansada...
Ontem fiz umas luvas (as primeiras!), dormi 5h, fui inscrever-me a uma cadeira nova (sim, vou fazer Património Geológico e Geoturismo no 2º semestre), almocei uma carne duvidosa e um esparguete merdoso na cantina da FCUL. Uma laranja. Era azeda. Atrasei-me com a conversa, cheguei ao gabinete, já lá estavam elas. As duas, nem acreditei. Agora é que vai ser, já não há mais desculpas. De 30 amostras passamos a 20. A minha professora também sabe defender a minha futura sanidade mental. E porque não colher mais 5 amostras no bairro alto? Sim, sim, sim, sim! Eu não quero só fazer análises químicas. Nem difractogramas. Quero mexer no barro molhado, sujar as mãos, a bata, o cabelo, as bancadas. Fazer rolinhos, encher cápsulas, lavar a argila, tirar a areia e ficar só com aquela pasta sedosa, que me seduz tanto que cheguei a encher a banheira de barro quente. Só para sentir aquele conforto no corpo todo.
Li um livro a caminho de casa, no autocarro. Estava pendente desde Agosto, quando o comecei a ler, mas são contos de Edgar Allan Poe. São contos, não faz mal deixar a meio. Li um bestial, o do Sr. Valdemar... acaba assim (mais ou menos assim) "uma massa liquefeita em completo estado de putrefacção". Descobri 5 palavaras novas que tenho que ir ver ao dicionário. Acho que uma era "héctica". Não sei o que quer dizer...
Cheguei a casa, visto o pijama. Pego nas agulhas. Já fiz mais uma luva, às riscas cor de rosa, tão macia.
Sinto-me bem, sinto-me útil, sinto-me cansada e tinha tantas saudades...