sábado, setembro 18, 2004

Já ando para fazer uma tatuagem há que tempos. O problema foi que mudei de ideias tantas vezes sobre o desenho, ou o sítio, que acabei por perceber que essa coisa de me marcar para sempre se calhar era um disparate.
Primeiro foi o golfinho (risos) no tornozelo, tinha uns 14 anos. Depois quis um escorpião (o meu signo) na omoplata. Depois foi "amizade" escrito em árabe no fundo das costas. Na mesma altura pensei numa borboleta na mão, no fim do polegar. Mais recentemente foi um pentagrama na omoplata, que passou a ser só uma estrela e daí parti para três estrelinhas na virilha. Algures pelo meio disto tudo o dragão veio-me à cabeça, mas a minha irmã tem um tatuado na barriga e não podia ser. Este Verão vi uma tatuagem linda, no tornozelo de uma rapariga, assim meio tribal. Pensei: "Ora essa, é isto mesmo que eu quero!". Mas uma tatuagem tribal não diz nada sobre nada, não é? Queria fazer uma tatuagem que me marcasse de alguma forma, que quisesse dizer qualquer coisa. A "amizade" e o pentagrama, assim como as 3 estrelinhas, queriam dizer algo (o mesmo não posso dizer do raio do golfinho!).
Mas há uma de que não vos falei. Há uma que me atormenta desde os 16 anos. Chama-se Oroubouros, é um símbolo do infinito, e desde que li " The Neverending Story" do Michael Ende, que me ficou na cabeça.
Assim, inspirada pela tal rapariga de Verão, vou fazer o seguinte desenho (talvez tenha que abdicar dos pormenores porque quero a bicha pequenina) no tornozelo.



E de facto, isto significa alguma coisa para mim. Mais que não seja para me lembrar que nada tem princípio nem fim.

Ora aí está um bom livro para reler. The Neverending Story... É belíssimo!