terça-feira, abril 20, 2004

Fiquei para te ver olhar para mim, e não largar o sonho que tarda em vir.
Lembras-te quando conversávamos?
Quando tudo era diferente, tu a árvore e a música.
O barulho ensurdecedor da dor morria,
quando raras as vezes te rias,
a música a árvore e tu,
tudo diferente assim...

E nós conversávamos apenas,
e o barulho ia,
esquecido,
cantado no passado...

Triste era a minha maneira de suar
só de te ouvir olhar,
calculando décadas seguintes de mundos novos
e ver as tonturas do futuro acabarem,
de uma pancada só
e hesitar..

Ouvi dizer que os sonhos costumam acabar tarde,
eu só te quero acordar...
Nem beijar,
nem consumar.

Oxalá nunca acabe a nossa conversa... Oxalá se apague a dúvida das nossas bocas...


Rudy Black