sexta-feira, agosto 31, 2007

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Pensava sinceramente que a minha tolerância ao alcool era muito menor actualmente do que a de há uns anos.
A experiência de hoje faz-me pensar que estou enganado e que apenas acontece que bebo vinho ou whisky como se fosse água.
Hoje às 23h comecei a beber uma garrafinha de tinto e posso dizer que a acabei. Ainda sobrou um restinho, mas vou guardá-lo quando for para a sala fumar o cigarro que vai fechar a noite.
Lembro-me de nas clássicas noites do campo pequeno em que ficava sozinho até o sol nascer; numa delas bebi garrafa de tinto e lembro-me de ficar bem fodido.
Descoberta engraçada :)
BTW, actualmente estou sozinho em casa e ando a fazer todo o tipo de coisas como ver filmes, ler livros e gravar coisas (a nível de som, monólogos, cantorias, tudo).
Está tudo documentado nas minhas gravações.

Wine is over ok

terça-feira, agosto 28, 2007

Pausa para Almoço

Estava há momentos a ler lá fora, minutos antes de soar a campainha que avisa os funcionários que é hora de pegar.
Curioso é ver como, sem olhar para o relógio, minutos antes de soar a campainha, se dirigem num gesto mecânico para picar o ponto.
É assim, quando se faz a mesma coisa durante 40 anos, o corpo funciona como um relógio, acertado ao segundo.
Depois do soar da campainha, o silêncio a que já me tinha habituado na fábrica que estava parada (até hoje), foi interrompido pelo ligar das máquinas.
Já tinha saudades deste ruído, mas agora já tenho saudades do meu silêncio.

segunda-feira, agosto 27, 2007

So long ago...

Depois de um filme lamechas, onde atribuí as lágrimas à constipação maldita que se agarrou a mim, fui sentar-me um pouco na cama e olhei para todas aquelas caixas que estão em cima da estante dos livros.
Olhei particularmente para uma caixa amarela, que não abria há alguns anos, e estive muito tempo a desdobrar os papelinhos e a ler todas as cartas que escrevi para aquela caixa.

e foi então que percebi.

um dia conto.

quinta-feira, agosto 09, 2007

Solitude

A casa vazia, os amigos de férias, a rotina de sempre.

Ajuda caminhar a ouvir a banda sonora perfeita para o caminho de volta a casa, a reparar na luz de fim de tarde a iluminar as fachadas dos prédios antigos, os autocolantes e cartazes velhos nas montras das mercearias que existem há mais tempo que eu.

Mas há algo que não muda com todos os Verões que vão passando por mim, desde aqueles em que as férias duravam quase 3 meses, passando pelos que as férias eram a meio gás.
Sinto uma solidão tão grande que não consigo explicar. Só que desta vez não se trata de um vazio, mas de um sentimento de plenitude, como se estar sozinha fosse exactamente o que era necessário, como se fosse por escolha minha. Um consolo na velha angústia, um conforto em estar solenamente só.